Um dia no Zoológico de Lujan - Final

Depois da visita aos filhotes, resolvi ir almoçar. Já era bem tarde quando cheguei no restaurante, aliás, o zoológico só possui um restaurante e uma lanchonete.
Pedi um bife de chorizo, acompanhado de batatas fritas, paguei uns 70 pesos. Bem gostoso, porém, dava para perceber que tinha sido feito a algumas horas. Então minha dica é, almoce na hora do almoço.:P

Hora de conhecer os grandões! Sim!
Posso dizer que não fiquei com tanto medo dos leões, quanto  fiquei do elefante!
As instruções eram simples, pegue duas bananas, levante as duas mãos e espere elas, sim, elas, pegarem.

É uma sensação indescritível ter um gigante atrás de você, o medo da tromba desabar sobre a sua cabeça deixa você alerta. Mas elas são queridas, fofas! Abracei, beije e alimentei a grandona, enquanto a  outra jogava terra na galera que aguardava na fila, porque estava com ciúmes.

Saindo do recinto dos elefantes me dirigi até os dromedários. Na entrada do parque junto com o ingresso você ganha um vale, ele dá o direito de dar uma voltinha de dromedário e lá você pode tirar uma fato em frente à placa do Zoo, fica quase um cartão postal com a sua cara! Rs

Confesso que andar de dromedário não é nada confortável, primeiro que eles são muitooo altos, não dá para imaginar o tamanho olhando pela tv, mas quando você olha o tamanho da plataforma para conseguir subir neles, você entende. A volta é pequena, mas dá para se sentir passeando no deserto do Egito em um camelo.

O Zoológico de Lujan oferece um serviço gratuito de tour guiado, ele sai de hora em hora da frente do recinto dos ursos e vale muito a pena, primeiro porque a guia vai explicar toda a diferença entre os veados e os cervos, vai falar sobre as capivaras, ovelhas e até mesmo sobre a curiosa ema que acompanha todo o tour bem de perto.

A visita guiada é a única maneira de interagir com os ursos, aliás, foram eles que me fizeram crer que os animais são dopados. Quando chegamos ao recinto de Gordo e Gorda, eles pareciam desmaiados, achei realmente que estava dopados, mas quando chegamos com a guia para alimentá-los, eles se mostraram bem espertos e comprovaram que o que tinham era apenas preguiça! 

Por  5 pesos comprei um saquinho de marmelada com a guia e dei para o Gordo, o mais impressionante foi a delicadeza com a qual ele pegou, nem parecia um urso adolescente e desajeitado, simplesmente um lindo!

Para fechar com chave de ouro deixei o recinto dos leões adolescentes por último, dois leões e um tigre dividiam o espaço. O tigre, dormindo, mas era enorme!

 Os leões, brincaram, brincaram e na minha vez eles resolveram descansar, quase um em cima do outro. O tratador com o jeitinho deles deixou um acordado e pediu que eu sentasse ao lado dele, a minha sorte foi que o leãozinho foi super simpático e não me estranhou. Então me deu uma mamadeira e eu dei leite para ele,  foi impressionante, aquele leão, que de tamanho já parecia adulto lambendo o leite da minha mão. A língua áspera de felino, só que mil vezes maior que a de um gatinho e muito mais perigosa, ali, do meu lado. 

Então você olha para tudo isso e pensa como a natureza é maravilhosa, é perfeita e impressionante.
Para quem gosta de animais e não tem medo desse contato vale a pena, vale pular o dia de compras em Buenos Aires e trocar pelo dia no Zoológico de Lujan.
As compras um dia você vai esquecer, essa experiência não, eu garanto. ;)

Um dia no Zoológico de Lujan - Parte I

A 68 km da capital Argentina, Lujan encanta principalmente por uma atração em especial, o contato direto com animais selvagens.Contato esse, que até ficar sabendo do Zoo de Lujan, achava que apenas poderia ter nas terras Africanas e olhe lá.

Eu, como uma apaixonada por animais, fiquei um pouco apreensiva sobre a maneira que os animais eram criados, li muita coisa na internet, nos blogs, em comentários, mas nada como ver com os seus próprios olhos o que acontece. Tenho um pouco dessa coisa de São Tomé, aquele que só acredita vendo!

Foi então que parti para a minha segunda experiência em Buenos Aires, uma viagem planejada com um único objetivo, o de conhecer o Zoo de Lujan!

Saí de Buenos Aires rumo a Lujan às 9hs da manhã, segundo o site do próprio Zoo deveria seguir até a Plaza Itália e de lá tomar o ônibus de n°57, que vai direto a Lujan e custa 10 pesos, detalhe importante, compre ida e volta, caso contrário certifique-se que terá moedas suficientes para pagar a volta.
Indo de Buenos Aires a Lujan, o Zoo fica no lado oposto da rodovia, conclusão, você tem que ir até Lujan e de lá pegar um ônibus voltando.
Com toda essa logística demorei cerca de duas horas e vinte para chegar ao Zoológico.

A primeira impressão se mistura com uma pitada de ansiedade, curiosidade e medo! Sim, medo!

Chego na entrada, pago 130 pesos para entrar e junto com o ingresso ganho o mapa do Zoológico. Na entrada também vendem comida para dar ao bichinhos por 5 pesos.
Ando um metro e dou de cara com vários filhotes de leão, junto com vários filhotes de cachorro e um único filhote de tigre!
A esse ponto começa a 'babação"!

Pego o meu mapinha e vou rumo aos bichanos, começo pelo cercado com os cavalos, ovelhas, ou seja animais que são mais comuns. Depois dou uma paradinha no cercado dos pôneis, que tem vários outros animais e descubro que a 'comidinha' que comprei na entrada é ótima para fazer pose!

Até então, tudo me parecia bem 'normal', porém a visão geral é de que é uma mega fazenda abandonada que virou um Zoológico, como aquele filme "Compramos um Zoológico", o espaço é bem parecido com o do filme.

Mas eu precisava de mais emoção, afinal, era para isso que estava lá!

Então, que comece a diversão!

Entrei na fila para meu primeiro contato com os grandes felinos, no recinto haviam 4 tigres adultos e uma leoa. Posso dizer que foi bem emocionante, porém, 03 tigres dormiam e 1 estava para ser tocado e acariciado. Os tratadores me informaram que eles fazem um 'revezamento' para não estressar os animais.
Comigo dentro do recinto estavam 03 tratadores e duas garotas, o máximo de visitantes por vez são 04 pessoas e como eu estava sozinha, entrei junto com elas.
O tigre foi bem calmo e a única instrução que recebi foi não tocar da coluna para baixo.

Mas o que me deixou verdadeiramente apreensiva foi acariciar o tigre com a leoa praticamente no meu pescoço! Olha, foi emoção pura!!

O segundo recinto que visitei foi o dos leões, nesse a fila estava bem maior e enquanto esperávamos tivemos a ilustre visita de uma lhama! Solta, passeando pelo Zoo, e aproveitando dos visitantes distraídos. Sim, a pessoa se distraia  e ela 'roubava' aqueles saquinhos de comida.. Posso dizer que ela fez o tempo passar mais rápido!

E depois de ver o show da nossa amiga Lhama, chegou a minha vez de fazer contatos com os leões lindinhos. Ate´então eles estavam calmos, tranquilos, deitados.
Foi então que vi e registrei uma das cenas mais lindas no Zoo, um dos leões se levanta e vai como se fazendo carinho, esfregar a cabeça no outro leão.

É ai que a coisa começa a ficar agitada, os leões se levantam e querem comer!! Sim! Somos em 06 pessoas dentro de um recinto com dois leões e dois tratadores.
Os tratadores dizem para ir atrás dos leões para tirar as fotos, e mais uma vez a instrução é não toque em nada além da cabeça, por que? Porque se ele quiser te atacar a primeira coisa que fará será te dar uma patada e tocando a cabeça eles não tem 'espaço' para fazer isso.
Minha foto com o leão não ficou uma maravilha, mas até que deu certo.
Os tratadores não forçam o bicho a fazer nada, eles fazem o que querem, vão aonde querem,  o que me deixou um pouco tranquila em relação a saúde deles. E em falar nisso, até então, nenhum sinal de animal dopado para ficar calmo.

Um momento inesquecível é o contato com os filhotes, o recinto deles fica bem próximo ao dos leões e aproveitei que estava vazio e fui até lá, para ver o que as fofurinhas tinham para me mostrar.

Mas uma vez encontrei a convivência pacífica de leões, tigres e cachorros, algo bem curioso, mas inteligente. Segundo os tratadores os cachorros 'impõe' limites aos felinos, uma vez que criados juntos. Então os felinos aprendem a brincar com delicadeza, a não morder, além de acalmar o instinto selvagem deles.

No próximo post, mais experiências incríveis no Zoológico de Lujan.