Sem dúvida a Grande Muralha da China é a mais incrível edificação militar da história. Sua construção foi levada durante 1900 anos. As primeiras barreiras surgiram antes da unificação dos sete impérios que originaram a China, em 221 a.C. Ao transformar os sete reinos em um país, o imperador Qin Shihuangdi começou a ligar suas muralhas, formando uma só. Foi ampliada nas dinastias seguintes até 1677.
A obra foi construída por milhares de camponeses que, em troca do trabalho, eram liberados do pagamento de impostos.
Além de ampliar a barreira, a dinastia Ming (1368-1644) criou tijolos mais resistentes, feitos de barro aquecido a 1150ºC. A argamassa era feita com barro e farinha de arroz.
A construção foi posta à prova diversas vezes. Em 1211, o líder Mongol Gêngis Khan venceu os chineses que se defendiam na área leste da construção. Mas salvou o país em 1482, quando os mongóis ficaram presos contra as fortificações.
Ruínas de Petra - Jordânia
Petra é uma cidade que foi totalmente esculpida em arenito e conseguiu, com algumas dificuldades, sobreviver ao tempo. O nome Petra vem do grego e significa rocha, pois quando os primeiros nativos chegaram lá, viram muitas pedras e rochas, o que os fazia chamarem-na de "A Cidade das Rochas". Essa cidade é famosa principalmente pelos seus monumentos escavados na rocha, que apresentam fachadas de tipo helenístico (como o célebre El Khazneh).
Por 600 anos, essa cidade encravada no deserto da Jordânia foi considerada lenda, como Atlântida ou Tróia. Apesar de dezenas de relatos ancestrais, que descreviam com precisão os monumentos grandiosos esculpidos em rocha, ninguém foi capaz de localizá-la até o início do século XIX.
Um terremoto provocou a destruição de quase metade da cidade, no entanto ela não "morreu", pois os edifícios que haviam sido danificados foram reconstruídos, principalmente igrejas e prédios públicos. Uma nova catástrofe se sucedeu, dessa vez mais grave que a anterior e causando uma destruição quase completa da cidade o que trouxe prejuízos extensos, como na rota comercial, mas até hoje continua lindíssima como sempre.
Cristo Redentor - Brasil
A estátua do Cristo Redentor começou a ser planejada em 1921, quando foi organizada a "Semana do Monumento" — uma campanha para recolher contribuições dos católicos. No entanto, as doações só começaram 10 anos depois quando o Arcebispo Dom Sebastião Leme passou a coordená-la. Os primeiros esboços do Cristo foram feitos pelo pintor Carlos Oswaldo, que o imaginou carregando uma cruz, com um globo terrestre nas mãos, sobre um pedestal que simbolizaria o mundo. Mas foi a população carioca que optou pela forma da imagem do Redentor de braços abertos, como ela é hoje conhecida no mundo inteiro.
O projeto foi desenvolvido pelo engenheiro Heitor da Silva Costa e levou quase cinco anos para ser concluído.
Foram estudados vários materiais para o revestimento da estátua, mas por fim foi escolhida a pedra-sabão, utilizada por Aleijadinho para esculpir os Profetas em Congonhas do Campo, Minas Gerais. Embora seja um material fraco, que pode ser riscado até com uma unha, é extremamente resistente ao tempo e não deforma nem racha com as variações de temperatura.
Construir o monumento não foi fácil. Como a execução da obra era impossível no Brasil, os desenhos foram levados para a França, aos cuidados do escultor polonês Paul Landowski. De volta ao país, as peças foram transportadas nos trens da Estrada de Ferro do Corcovado e montadas no alto do morro.
O Cristo Redentor, uma homenagem à religiosidade, tornou-se um símbolo do Rio de Janeiro e do encanto mundial, que recebe a todos de braços abertos.
Machu Picchu - Peru
As ruínas da cidade de Machu Picchu possuem pelo menos mil e quinhentos anos e se encontram a 2.700 metros acima do nível do mar, onde atualmente recebem mais de 200.000 turistas e aventureiros todos os anos. O que as fazem tão atrativas é o mistério que as cerca, principalmente pelo fato de que elas ficaram escondidas durante 4 séculos, e assim, protegida dos colonizadores espanhóis e dos próprios peruanos.
Impressiona também o fato de que até hoje os arqueólogos ainda não chegaram num consenso de qual era a sua finalidade para o Império Inca. Alguns apontam que sua construção foi originada pela necessidade de uma fortaleza escondida, com a intenção de protegerem-se dos espanhóis - alguns afirmam até que Manco Capac II, último grande imperador Inca, a utilizou como refúgio nestes períodos conturbados.
Outra boa parcela de arqueólogos a qualifica como uma cidade de sacerdotisas, principalmente por encontrarem farto material feminino, em muito maior número que os do sexo oposto.
O certo é que com os templos, casas, observatório solar e todo os demais prédios do complexo de Machu Picchu, com suas grandes escadarias e extensos jardins, seguem desafiando o tempo desde seu majestoso descobrimento até os dias atuais!
Além deste cenário de êxtase, Machu Pichu revela segredos de uma história ainda não conhecida, e desvenda evidências de uma civilização com avançados conhecimentos de astronomia, agronomia, engenharia e hidráulica, e planejamento urbanístico.
Foragidos? Dizimados? Pouco se pode afirmar, mas muito se especula sobre seus povos. Estudos, histórias ou lendas, só indo até lá para ouvir e sentir a magia desse lugar especial.
Chichén Itzá - México
Os Habitantes da "Boca do poço dos feiticeiros d'água" - Chichén-Itzá - queriam desvendar o caminho dos astros para chegar ao coração dos deuses.
Nesse local mágico, os maias ergueram uma civilização sobre os pilares da ciência e da religião
A sombra de Kukulcán, o deus-serpente dos maias, passeia por Chichén-Itzá durante os equinócios de primavera e de outono, quando noite e dia têm a mesma duração.
Seu ponto de partida é a principal escadaria do Castelo, uma grande pirâmide erguida em sua honra com base em conhecimentos astronômicos: os degraus das quatro escadarias e da plataforma superior somam 365, número de dias do ano.
Além disso, cada um dos lados alinha-se com um dos pontos cardeais e os 52 painéis esculpidos em suas paredes são uma referência aos 52 anos do ciclo de destruíção e reconstrução do mundo, segundo a tradição maia.
São 91 degraus em cada um dos quatro lados, totalizando, portanto, 364 degraus.
Com a plataforma superior, comum aos quatro lados, chegamos a 365 degraus...e dias! Até o século 15, os Maias representavam o grupo indígena mais importante da América Central. Construíram uma civilização muito avançada em conhecimentos de matemática, astronomia, arquitetura e criaram sua própria escrita através de símbolos, os conhecidos hieróglifos. Dominavam a região sul do México, a Guatemala, Honduras e Belize
Durante muitos anos, os cientistas se impressionaram com a exatidão dos Maias, posto que esta pirâmide está direcionada para o pólo geométrico da Terra, com o erro de alguns milímetros. Recentemente descobriram, que não há erro algum. Na verdade esta pirâmide está direcionada para o pólo magnético da Terra.
Coliseu - Itália
Mundialmente conhecido, o Coliseu, construído por ordem do imperador Vespasiano e concluído, durante o governo de seu filho Tito, é um dos mais grandiosos monumentos da Roma Antiga. A parede externa do anfiteatro preserva os quatro pavimentos da estrutura de concreto armado; nas três arquibancadas inferiores estão as fileiras de arcos, e na quarta, pequenas janelas retangulares.
Os assentos eram de mármore e a escadaria ou arquibancada dividia-se em três partes, correspondentes às diferentes classes sociais: o podium, para as classes altas; a meaniana, setor destinado à classe média; e os pórticos, para a plebe e as mulheres. A tribuna imperial ficava no podium e era ladeada pelos assentos reservados aos senadores e magistrados. Por cima dos muros ainda se podem ver as bases de sustentação da grade de cobertura de lona destinada a proteger do sol os espectadores. Para evitar problemas nas saídas dos espetáculos, os arquitetos projetaram oitenta escadarias de saída. Em menos de três minutos, o Coliseu podia ser totalmente evacuado. Suas arquibancadas tinham capacidade para 80 mil pessoas.
O Coliseu de Roma foi construído sobre o lago da casa de Nero, a Domus Áurea e ficou conhecido como Colosseo (Coliseu) porque ali foi achada a estátua gigante (colosso) do imperador.
Conta a história que os gladiadores lutavam na arena e que o Coliseu, era o lugar onde os cristãos eram lançados aos leões. Para a inauguração, apenas oito anos depois do início das obras, em 80 d.C., as festas e jogos duraram cem dias, durante os quais morreram 9 mil animais e 2 mil gladiadores.
As atividades do Coliseu foram encerradas em 523 d.C., mas o espaço permanece carregado de uma clima misterioso e símbolo do Império Romano e da cidade eterna.
Taj Mahal - Índia
Embora, na Índia, a fronteira entre a realidade e o mito seja, muitas vezes, imperceptível, de modo que nunca se sabe, onde começa a realidade e termina o mito, esse mausoleu simboliza uma comovente história de amor.
Diz a história indiana, que o Taj Mahal foi construído em memória da mulher, pela qual, um dia, Shah Jehan apaixonara-se: Mumtaz Mahal, “A escolhida do Palácio”.
Ela era apenas uma garota, quando ele caiu de amores por sua beleza, ao vê-la num mercado. Diz a lenda, que ela era tão linda, que parecia uma imagem saída de uma miniatura persa. Depois de cortejá-la por alguns tempo, casou-se com ela e a transformou em imperatriz e em sua conselheira.
Mumtaz Mahal era venerada pelo povo, pois tinha especial carinho pelos pobres. Também era muito amada pelos poetas e artistas, em geral.
Depois de 19 anos de casados, ao dar à luz a seu décimo quarto filho, Mumtaz Mahal morreu de parto, deixando o esposo, inconsolável. Ela estava, na época, com 34 anos.
Embora Shah Jahan tenha tido outras esposas, a sua predileta sempre foi Mumtaz Mahal, sua única e mais preciosa Jóia.
Durante dois anos, o imperador foi tomado pela mais forte tristeza, guardando um luto severo. Não usava jóias nem trajes suntuosos, recusava-se a ouvir música ou a participar de festas. A vida havia perdido o sentido para ele.
Shah Jehan entregou o comando das campanhas militares a seus filhos, dedicando-se inteiramente à construção do Taj Mahal, mausoléu dedicado à esposa morta e construído sobre seu túmulo. O nome é, na verdade, uma abreviação do nome da sua amada: Mumtaz Mahal.
Diz a lenda, que já pressentindo a chegada da morte, ela teria pedido ao imperador que construísse um monumento “à felicidade compartilhada”.
Passado o período crítico de luto, pela morte da esposa, o imperador Shah Jehan tornou-se obcecado pela arquitetura. Compreendeu que os monumentos poderiam sobreviver à fugacidade do tempo, à fragilidade da vida humana.
A parte mais famosa do mausoleu é a tumba de Mumtaz Mahal (Jóia do Palácio) com sua cúpula de mármore branco, mas também inclui mesquitas, torres e outros edifícios.
O imperador mongol deixou, em Delhi, obras fabulosas como a luxuosa sala das Audiências Públicas, com painéis de mosaico florentino em mármore negro, e tetos de ouro e prata; a sala das Audiências Privadas, com tetos de ouro e prata e colunas filigranadas, onde se encontrava o famoso Trono do Pavão, comentado em todo o mundo. Ele, também, foi responsável pela construção de palácios, mesquitas, jardins e mausoléus.
Quando Shah Jahan ficou doente, seu filho Aurangzeb aproveitou de sua fragilidade para encarcerá-lo e ocupar o trono. Deixando-o em cativeiro até sua morte.
Conta a lenda, que ele passou os últimos dias de sua vida, olhando fixamente em um pequeno espelho o reflexo do Taj Mahal, e morreu com o espelho agarrado em sua mão.
Hoje, os restos dos corpos de Shah Jehan e Mumtaz Mahal estão juntos, dentro de uma cripta, debaixo de uma cúpula branca, dentro do Taj Mahal.
Esse mausoleu ao mesmo tempo, em que mostra a suntuosidade do amor, também deixa claro a insignificância e a brevidade da vida humana, diante de tudo que a rodeia.
O poeta indiano Rabindranath Tagore assim descreve o Taj Mahal :
“É uma lágrima no rosto da eternidade!”
“É uma lágrima no rosto da eternidade!”